Estudo revela maior produtividade e rentabilidade para o cafeicultor
Além de qualidade e sabor, a produção do café brasileiro ganha mais um ingrediente: a sustentabilidade. Primeiramente, estudos conduzidos pela Yara, líder mundial em nutrição de plantas, com a illycaffè, líder em inovação em sustentabilidade, mostram que o cafeicultor pode agregar ainda mais valor ao grão, com práticas para redução da emissão de gases do efeito estufa e a pegada de carbono. A análise confirma maior produtividade e rentabilidade para o cafeicultor
De antemão, o experimento combinou práticas de manejo regenerativo muito usadas e aceitas na cafeicultura, como o uso de composto orgânico e de plantas de cobertura nas entrelinhas. Além disso, o estudo contou com à aplicação de um programa nutricional completo, que reúne conhecimento agronômico, soluções digitais e fertilizantes de alta tecnologia e baixo carbono. Acima de tudo, as fábricas da Yara contam com catalisadores que reduzem em até 60% a emissão de gases de efeito estufa na produção de fertilizantes. Aliás, o uso de tecnologia dos catalisadores interfere positivamente nos resultados do estudo com a illycaffè.
“A agricultura responde por aproximadamente 20% das emissões globais de gases de efeito estufa. E, dessa parcela, a produção e o uso de fertilizantes correspondem a 11%”, explica Marcelo Gobitta, gerente de Food Chain da Yara Brasil. “As análises produzidas junto à illycaffè revelam o potencial significativo do fertilizante para colaborar com a descarbonização, não apenas ao reduzir as emissões, mas ao trabalhar todo o potencial do solo, a grande base para uma agricultura regenerativa. Em outras palavras, o insumo determina para o futuro de uma agricultura mais limpa”, completa Gobitta.
Produtividade e rentabilidade
Por meio de lavouras demonstrativas em nove fazendas de Minas Gerais, o estudo avaliou as safras de 2022/2023 e 2023/2024, e trouxe resultados importantes deste ciclo produtivo. À primeira vista, a análise revelou aumento em produtividade, qualidade, rentabilidade e redução na pegada de carbono dos cafés produzidos.
- Primeiramente, o estudo trouxe redução de 22% na pegada de carbono dos cafés produzidos e uma melhoria importante na saúde do solo. Sobretudo, esse cálculo é feito com a ferramenta “Cool Farm Tool”. E compara os insumos utilizados entre os tratamentos e os resultados de produtividade.
- Bem como incremento de 14% de produtividade em fazendas já altamente produtivas, elevando a média de 48 sacas por hectare a 55 sacas por hectare. Ainda assim, levou a um aumento na rentabilidade por hectare. Sendo assim, incluindo acréscimo na quantidade de café com qualidade elegível para fornecimento à illycaffè com prêmio por qualidade.
- Avaliação superior de qualidade, por exemplo, conseguindo notas de avaliação no padrão SCA com quase três pontos de ganho, superando os 84 pontos em média.
Plataforma digital “Champer”
Contudo, os resultados dessas lavouras demonstrativas foram feitos a partir da plataforma digital “Champer”. A tecnologia foi lançada pela Yara no Brasil e na Colômbia no primeiro semestre deste ano. Neste primeiro momento, a solução está voltada a dar visibilidade sobre o desempenho dos cafezais para torrefadoras e toda a indústria do setor. Além disso, oferece uma base sólida e precisa para a implementação e acompanhamento de práticas regenerativas.
No entanto, na prática, Champer funciona em três eixos. Em primeiro lugar, como aplicativo para captura de dados no campo. Em seguida, como painel personalizado conforme os indicadores de sustentabilidade e produção da solução digital. Por último, insights qualitativos a partir das informações levantadas.
Ecossistema positivo
Para Marcelo Gobitta, a amostra nessas lavouras demonstrativas ressalta a importância de se criar um ecossistema positivo com toda a cadeia de valor do café.
“Grandes empresas e traders têm se posicionado fortemente para reduzir os impactos do campo à xícara do consumidor. E, com isso, estimulam a transformação em todas as etapas. O que acaba tornando o café brasileiro um case de sucesso para o agronegócio global”, finaliza.