O Brasil é o maior produtor e exportador de café commodity do mundo. Porém, outro segmento da cafeicultura brasileira que vem apresentando um rápido crescimento e tendo cada vez mais consumidores é o grão de alta qualidade. Nesse sentido, o café especial brasileiro conquista visibilidade no mercado internacional.
Atualmente, os cafés de fina qualidade representam cerca de 20% da safra brasileira, estimada em 54,79 milhões de sacas. Isso segundo o terceiro levantamento da safra cafeeira da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Conforme dados da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), do total deste tipo de grão produzido no país, 80% é cultivado em pequenas propriedades.
Hoje em dia é muito mais fácil encontrar cafés especiais em cafeterias, restaurantes, hotéis, na internet e em diversos supermercados. Desde já, esse tipo de produto tem caído no gosto do público brasileiro e do mundo. Principalmente, com blends que misturam grãos de diferentes tipos e pela pureza do café, que passa por controles rigorosos de qualidade.
De acordo com Mário Panhotta da Silva, superintendente de Torrefação e novos Negócio da Cooxupé, a qualidade e aprimoramento dos produtores na busca por novos processos de produção têm contribuído para o crescimento do café especial brasileiro no mercado estrangeiro.
“No Brasil, muitos produtores e produtoras de café têm procurado por novos processos produtivos e diferentes variedades nos últimos anos. Buscando consistência, produtividade e, claro, alta qualidade. Com isso, o mercado tem visto a diversidade de sabores que pode ser encontrada nos cafés brasileiros”, destaca Panhotta.
Aliás, ele aponta também o importante avanço na divulgação e promoção da qualidade do café brasileiro para melhor visibilidade do produto mundo afora.
Sobretudo, os cafés especiais são produtos de alta qualidade, cultivados em condições individuais e que passam por processos de produção cuidadosamente controlados. “Além da qualidade intrínseca dos cafés produzidos pelas famílias cooperadas Cooxupé, fornecemos aos nossos clientes a garantia da segurança do alimento produzido em adequação aos pilares de sustentabilidade. Isso em acordo com práticas ESG”, conta o superintendente.
Contudo, para ser considerado especial, o café precisa obter uma nota acima de 83 pontos. Ou seja, na avaliação física e sensorial da BSCA. Nessa classificação são avaliadas características, por exemplo, como fragrância, aroma, uniformidade, amargor e sabor residual.
“A Cooxupé tem uma ampla área de atuação, recebendo cafés de diferentes regiões. O que garante uma diversidade de terroirs e, por consequência, de perfis sensoriais. Temos a rastreabilidade desses cafés e contamos as histórias por detrás das xícaras, tudo que envolve a parte produtiva. E desenvolvemos ações que transmitem conhecimento e trazem os produtores e produtoras para mais perto do mercado de cafés especiais”, explica Panhotta.
Acima de tudo, o superintendente de Torrefação e novos Negócios da Cooxupé ressalta a importância do Especialíssimo. No entanto, o programa de cafés especiais da Cooxupé e da SMC Specialty Coffees tem como objetivo valorizar as famílias cooperadas. Além de incentivá-las na produção de café de alta excelência.
“O Especialíssimo é fundamental, pois é o reconhecimento do trabalho dos produtores sobre o quanto se esforçam para ter um café especial. Ter um café diferenciado selecionado pelo programa é motivo de honra e sinal de que todo o investimento de tempo e dedicação valeu a pena. É graças a este reconhecimento que eles podem reinvestir na sua propriedade para melhoria da qualidade. E, também, a de vida como um todo”, aponta Mário.
Dessa forma, o programa gera um significativo impacto em cada propriedade e nas comunidades em que os cooperados estão inseridos. Segundo Panhotta, o grande diferencial do Especialíssimo é valorizar e reconhecer o tripé: Qualidade x Cooperativismo x Sustentabilidade.
“Com tudo isso, na busca por produzir cafés especiais, naturalmente os cooperados conseguem melhorar a qualidade média da sua safra. O que impacta significativamente na renda das famílias produtoras. Esta é uma excelente forma de atrair a nova geração para garantir a continuidade do negócio”, relata o superintendente.
Em suma, a cerimônia do Especialíssimo 2024 acontece no dia 14 de novembro, em Guaxupé, Sul de Minas Gerais. O programa terá premiação total de R$ 330 mil entre os 50 lotes de cafés especiais selecionados da safra atual da área de atuação da Cooxupé.
Além da premiação, pois, os cooperados têm a oportunidade de integrar os blends de cafés de edições limitadas e especiais produzidas pela Torrefação da cooperativa.
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